Carros e Urbanidade

É incrível como os carros tomam cada vez mais espaço nas grandes cidades. E mais incrível ainda é como a frota cresce descontroladamente.

A capacidade de produção da indústria automobilística é extremamente alta. Só para se ter uma ideia, somente em relação às motocicletas, são produzidas na Zona Franca de Manaus 1 moto a cada 18 segundos. Isso mesmo: 18 segundos! Não sei nem quais são os números referentes a caminhões, ônibus e, claro, carros, mas dá pra imaginar uma estimativa.

A economia diz que é necessário alavancar mais ainda a produção, estimulando o aumento das vendas através da redução de impostos (no caso do Brasil, o IPI) e discursando sobre sua importância social para a geração de empregos - devemos continuar consumindo [carros]. A sociedade acata essa ideia, pois o transporte individual é muito mais confortável do que o transporte público, além de outros fatores positivos, como segurança, velocidade e autonomia. Entretanto, muitos se esquecem de que além do custo sobre o valor pago pelo bem, ainda se deve pensar em outros gastos, como impostos, combustível, manutenção, seguro, estacionamento... Como dizia-se antes, é uma pessoa comendo à mesa.

Não dá mais. São muitos carros novos emplacados todos os dias, as cidades grandes como São Paulo estão à beira do colapso do trânsito. Alternativas? Trabalhar e estudar em casa (a tecnologia atual permite isso), procurar ir aos lugares mais frequentados em horários de menor movimento, alternar (alterar) os horários de funcionamento, de entrada e saída de estabelecimentos comerciais, públicos e privados, como as jornadas de trabalho. Enfim, algo precisa ser feito e já.